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OS CASARÕES DA ILHA


Em minhas constantes idas e vindas para a Ilha do Amor, mesmo em meio à correria de uma cidade com raras vagas para estacionamento, ruas estreitas e sem calçadas no chamado Centro Histórico de São Luis, parei para observar os inúmeros casarões, considerados um museu a céu aberto, todos tombados pelo Patrimônio Histórico, uma história mesclada pelos portugueses, holandeses e pelos franceses. Fazendo do Maranhão um Estado multicultural, cuja formação inclui ainda as etnias indígenas e africanas.
Seguindo pelas ruas do Centro é possível se deparar com edificações  como o Palácio dos Leões, fortaleza construída pelo franceses e tomada pelos portugueses em 1615, que hoje abriga a Sede do governo do Estado. Próximo ainda temos a Matriz de Santa Sé, igreja construída pelos jesuítas, o Palácio de Ravardiére, sede da Prefeitura Municipal, a Catedral de São Luís, o Convento das Mercês, o Teatro Artur Azevedo e tantos outros casarões, igrejas , conventos e catedrais. Todos ostentando a beleza e a riqueza daquela época.
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Enfim, a beleza e a ostentação das antigas construções atraem os olhares e a curiosidade de visitantes e turistas de outros países. São realmente exuberantes!
Mas, não vejo ninguém parado apreciando os casarões em ruínas, esses são ignorados e visitados tão somente pelo andarilhos, mendigos e drogados que escondem-se em suas ruínas históricas uma vez que também são relegados  pela sociedade. Esquecemos no entanto de pesquisar sobre a história que se enconde atrás de cada um deles.
Alguns casarões cercados de beleza, luxo e requinte, admirados e cuidados. Outros, abandonados, esquecidos e desvalorizados.

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     Acho que assim também são os seres humanos. Alguns, cercados de luxo, de boa aparência, admirados por outras pessoas e que ostentam poder, soberba, arrogância, e uma beleza  retrógrada. Às vezes ostentando uma felicidade aparente. Outras pessoas, verdadeiras ruínas humanas. Ruínas velhas, impossibilitadas de se tornarem novas e habitáveis novamente, afinal, sua história é desconhecida e totalmente sem valor.
           

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