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O PALHAÇO

          Quando criança lembro-me que meu pai gostava de nos levar para passear e nos levava ao parque de diversão,  ao cinema, quando ainda tínhamos em nossa cidade, mais precisamente o Cine Kennedy e volteava pelas ruas da cidade em seu velho e bem cuidado Trovão Azul.
         Mas onde eu mais gostava de ir, era ao CIRCO.
   O Circo sempre me encantava, era o malabarista se equilibrando em uma corda bamba, as mulheres contorcionista e suas roupas brilhantes, o domador e seus leões obedientes, os motoqueiros na roda da morte. Agora, a hora mais esperada pra mim era quando o PALHAÇO entrava no picadeiro.
      Ah o PALHAÇO!!!!
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 Com sua cara pintada, demonstrando pra todos um sorriso permanente, ele conseguia arrancar risos da plateia, mesmo que a piada fosse a mesma do dia anterior. Ele sempre contava de um jeitinho diferente! E nós, plateia ríamos até chorar e doer a barriga.
    Sempre achei o palhaço o maior dos Artistas.
      Os demais artistas circenses atraiam os olhares, a admiração da plateia pelo suspense, às vezes, pelo medo de que uma tragédia acontecesse. Eles nos tiravam o fôlego e a plateia os aplaudia pela coragem.
      Já o PALHAÇO não! Seu papel era bem mais difícil. Arrancar o riso da plateia, onde se encontrava adultos e crianças e nos fazer rir com a mesma piada e a mesma cara pintada de todos os espetáculos, realmente é um dom que só o PALHAÇO tem.
     Eu, quando criança, sempre achei que ser PALHAÇO fosse algo muito difícil e que esse papel nunca caberia a MIM.
     Mas a vida nos coloca muitas vezes como PLATEIA, outras vezes como ARTISTAS.
    Eu prefiro ser o PALHAÇO. 

Charlene Brasil

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