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ÁGUAS PASSADAS NÃO MOVEM MOINHOS, MAS JÁ MOVERAM.

   
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   Grande tem sido a minha inquietude, mas acredito que está chegando a hora da calmaria.
  Uma nova morada, isenta de quaisquer lembranças.
  Dizem que águas passadas não movem moinhos, mas essas águas que passaram é que nos moveram de alguma forma. Mas podemos dizer que não serviram para nossa mudança.
  Não posso e nem vou me desfazer de tudo que vivi e nem das pessoas que cruzaram meu caminho, todas contribuíram para minha chegada até aqui. 
 Dias turvos, nebulosos, chuvosos, de tristezas, dores e decepções, nesses momentos contei com o apoio e ombro amigo de alguns amigos e irmãos.

  Dias de sol, radiante, brilhante, dias de alegrias, felicidades e grandes surpresas, contei com o apoio, o abraço e os risos de muitos ombros e mãos amigas. 
   Foram águas que ajudaram a mover meu moinho de sonhos e alguns pesadelos também. Pois em algumas noites acordei sim assustada e com medo. Nesse despertar, temos sempre uma escolha a fazer, permitir que pesadelo continue e o medo nos domine, ou simplesmente olhar em volta e descobrir que existe um céu estrelado e fazer desde pesadelo e dessa insônia uma bela oportunidade de apreciar o brilho da lua que reflete o brilho do sol que em algum outro lugar irradia seus raios despertando a muitos dos seus pesadelos diários e oportunizando a outros sonhadores acordar e correr atrás de realizá—los.

   Necessário se faz despertar para alcançarmos e realizarmos os nossos novos projetos e eliminar de vez os pesadelos que nos assustaram por algum tempo.
   Aprendendo a sermos gratos a Deus  e a todos que estiveram e continuarão nos ajudando a movermos os  nossos moinhos.


DISCURSO DE GRATIDÃO PELA FORMATURA DE MEU FILHO

Arquivo Pessoal

Deus vê todas as possibilidades nesse pedacinho de gente. Ele sabe que, com a devida educação, a criança se tornará uma força para o bem no mundo. Ele observa com ansioso interesse para ver se os pais executarão Seu plano ou se, por exagerada bondade, destruirão Seu propósito, mostrando para com a criança indulgência que gerará sua ruína presente e eterna. Transformar um ser aparentemente insignificante e desvalido numa bênção para o mundo e uma honra para Deus é grande, elevada obra. Não devem os pais permitir que nada se interponha entre eles e suas obrigações para com os filhos”.1 Fundamentos do Lar Cristão p. 109. Ellen G.White
   Nove meses depois do casamento ele foi gerado, somente algumas semanas depois eu descobrir, Estava Grávida!!!
 Tínhamos acabado de adquirir a nossa casa própria, pequenino ninho, como chamávamos, um pombal, mas, era nosso!
  A gravidez, a casa e novos sonhos...
  Exames de rotina, acompanhamento médico e quando da segunda Ultrassonografia o médico perguntou:
  _Então, quer saber o sexo?
  Eu respondi:
 _ Não doutor, eu já sei e o senhor nem precisa confirmar.     É homem.
  O médico, realmente não disse mais nada. Apenas sorriu.
  É filho, desde o inicio eu sempre soube que tu virias para abrilhantar nossas vidas. Preocupados em oferecer o melhor conforto, já que o pequeno ninho não tinha quarto, nos preocupamos logo em construí o nosso quartinho, afinal, nosso filho iria chegar em pouco tempo. Junto com seu crescimento, crescia também o nosso sonho. Você já chegou realizando sonhos, concretizando e solidificando a base para uma vida de sucesso.
  Chegaste em outubro de 1992, depois de um grande susto, pois segundo a médica, tu estarias morto e eu corria o risco de morrer também, parto cesário e de “urgência”, pura loucura. Tu, simplesmente, estava acomodado, tranquilo, sereno e seguro no seio de sua mãe. Pra acordar, foi preciso levar uma palmada. E como nascestes LINDOOOOOO!
  Poderia aqui relatar muitos outros fatos, porém achei necessário citar tão somente o começo de tua chegada, viestes já nos trazendo uma infinidade de coisas boas.     Neste mesmo ano, fui aprovada no Concurso do Estado, uma renda há mais que hoje somada a outras conquistas, nos permite viver ainda mais com dignidade. Viestes sempre trazendo LUZ.
  Filho, como toda mãe, tive meus erros e acertos. 
 Se errei, foi tentando acertar. Se acertei foi sempre buscando o melhor para todos nós.
 Já fui motivo de orgulho, de decepção, de alegria, de tristeza, de exemplo bons e até algumas coisas que realmente não são dignas de serem imitadas.
  Mãe erra, Mãe acerta, mas acima de tudo MÃE AMA. E AMA com a força indescritível de uma AMOR, só comparado ao de DEUS por nós.

Arquivo Pessoal

  Falo agora como MÃE e talvez em nome de todos os PAIS aqui presentes, que enorme é o orgulho, o respeito e o desejo que vossas vidas sejam regadas de hombridade, carinho, amor, dedicação, humildade e acima de tudo RESPEITO, à sua profissão e aos seus pacientes, atendendo e fazendo jus ao juramento de sempre considerar a vida como algo acima de valores, que atendam a ricos e pobres com o mesmo sorriso, mesmo profissionalismo, mesmo amor. 
  Pois esse é o fundamento e a base do nosso cristianismo AMAR a DEUS, A NÓS e ao PRÓXIMO.
  Acredito que nesta noite, todos os PAIS aqui presentes não desejam serem ressarcidos monetariamente por nada, muito embora se desejarem pagar a gente não irá se recusar a receber, claro que Não. Nossa maior recompensa será ver nossas pequenas águias alçando voos altíssimos, realizando conquistas muito maiores que qualquer um de nós pudéssemos sonhar pra vocês. 
  O mundo está de portas abertas, olhem e foquem naquilo que desejam alcançar, nós PAIS estaremos no topo da montanha os vendo voar. Pois, como bem disse o autor francês Anatole France que “para realizar grandes conquistas, devemos não apenas agir, mas também SONHAR, não apenas planejar, mas também Acreditar.
Acreditem é hora de vencer!!!!


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A GRANDE ARTE DE CALAR A BOCA



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Texto de Fabiana Bertotti

Talvez vocês achem que eu fale muito. Alguns podem até ter certeza absoluta e parte deste grupo, inclusive, tem ojeriza à minha pessoa justamente por este detalhe. Não bem um detalhe, admito, mas parte relevante da minha personalidade e para os haters peço uma trégua e certa complacência para humildemente contar: já fui bem pior! Tenho lidado com uma tentativa – e várias quedas no percurso – de falar menos. De calar a boca, mais precisamente.
Isto porque pessoas como eu, talvez você, ou mais alguém que você conhece, tem uma incrível facilidade para falar, falar, voltar a repetir e mesmo que o interlocutor não te queira… falar de novo! É a esposa que grita e repete a mesma coisa, o filho que atormenta o pai, a mãe que ira seu filho de tanto torrar o verbo…. O pior, no meu caso, é que falo com convicção. Quase sempre! E se tem injustiça ou incoerência do outro lado, falo mais ainda, se é que isto seja verbalmente possível.
Mas tenho desenvolvido um hábito há algum tempo: falar sozinha. Não são solilóquios necessariamente, mas discussões mentais com a pessoa para quem eu gostaria de despejar um tantão de impropérios. Já briguei com meu namorado, depois meu marido, já desaforei meu chefe, meu líder, meu pastor, meu amigo, azinimiga, até o cara mal educado do busão. Mas não se ouviu um único grunhido meu. Amém por isto.
É que sou má quando me dano a falar. Já quis ser promotora de justiça, te contei? Sonhei em ser juíza também. Todavia desconfio que o jeito austero invocado na profissão talvez não combine de todo com minha personalidade. Ainda que tenha feito acusações homéricas perante tribunais lotados, aclamada pela retórica, clareza e correção de meus argumentos. Os juris não tinham como se esquivar à minha razão. Tudo em pensamento, nada são.
E você pode me perguntar de que adianta falar sozinha, escrever verdadeiros manifestos se só eu vejo, desfruto, amargo ou exulto. Bem, é pra não ofender ninguém de verdade. Parece fraco, eu sei, mas me acho a mais forte das criaturas ao fazer isto. Sim, considero-me a própria Mulher Maravilha por conseguir controlar minha língua ferina e bem rebelde dentro de minha folgada boca, ainda que com a ajuda de dentes fortes fechados em mordida.
Admito: por muito tempo achei que não se deve “engolir sapos” e despejar tudo o que julgo “verdade” era a forma certa de agir. Tolice minha. A começar por eu não ser a rainha da mesma, da verdade, no caso, a terminar pelas consequências que isto gerava e eu não tinha como remediar. Quanta bobagem falei, quanta gente magoei, quantos erros vociferei por não atentar ao verso 6 de Tiago 3 “A língua é um fogo, um mundo de iniquidade”. Aliás, este capítulo todo leio e releio de tempos em tempos, só pra me lembrar.


Não que a vontade de falar algumas coisas na cara de algumas pessoas não me pegue de assalto seguidas vezes. Se pega! Certas coisas ainda serão ditas, suponho, pra pessoa certa, na hora certa. Ou talvez nunca. É que tento levar mais à rica a recomendação do sábio “há tempo de falar e tempo de calar a boca”! Como falo muito, tento praticar a outra ponta deste mesmo tempo.

Site: http://fabianabertotti.com/