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A ORIGEM DAS LÁGRIMAS


Hoje tentei descobrir a origem da lágrima, a princípio tentei fazer com que dos meus olhos elas nascessem espontaneamente, sem qualquer motivo aparente. Chamei por ela, tentei persuadi-la a sair, mas ela se recusou. Para não chorar por um único motivo, uma pessoa, um fato, uma situação qualquer. Resolvi misturar os sentimentos e pensei, nas alegrias, nas tristezas, nos medos, nos desprezos, na dor, nas saudades, nas vitórias, nas pessoas, enfim, misturei tudo e com muito esforço ela resolveu se mostrar.
Timidamente, nasceu em um olho apenas e antes que ela escorresse pela face a outra lágrima brotou do outro olho, afinal os olhos são parceiros, são amigos, são irmãos. Como ver meu irmão chorar e também não chorar com ele?
        Os motivos são os mais diversos, a origem da lágrima flui até pelo antagonismo de sentimentos, tipo:
·       Dor e alívio;
        Medo e Coragem;
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·       Alegria e Tristeza; 
·      Felicidade e Infelicidades;
·       Festa e Funeral;
·       Conquistas e derrotas;
·       Casamentos e divórcios;
·       Construção e demolição;
     Etc, etc, e tal...
Como não defini exatamente o meu sentimento, como me recusei a dizer-lhe o motivo pela qual ela deveria brotar de dentro de mim. A Segunda lágrima, simplesmente se recusou a sair. Voltou e somente as primeiras lágrimas escorreram pela minha face, tão pequenas elas eram que sequer chegaram a molhar meu peito, morreram antes mesmo de atingir os meus lábios. Não me permitiram sentir o seu gosto, se eram doces, amargas ou salgadas, já que não fluíram livremente não tinha por que guardá-las novamente dentro de mim.
     E concluo minha reflexão de hoje com as sábias palavras do Poeta Mário Quintana que diz:
As lágrimas não doem...
O que dói são os motivos que as fazem caírem!
Não deixe de acreditar no amor,
mas certifique-se de estar entregando seu coração
para alguém que dê valor      
aos mesmos sentimentos que você dá,
manifeste suas ideias e planos,
para saber se vocês combinam,
e certifique-se de que quando estão juntos
aquele abraço vale mais que qualquer palavra...

QUINTAL DE MINHA CASA

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No quintal da minha casa,
As lembranças pude ter.
Em todas elas,   sempre eu busco,
Um pouquinho de você.

No quintal de minha casa,
A mangueira quer morrer.
Com certeza está sentindo
Muita falta de você.

No quintal de minha casa,
O cajueiro quer brotar.
Seus cajus lembram as lágrimas,
Que ainda tenho pra chorar.

No quintal de minha casa,
Tudo me faz recordar.
Os meus Pais tão amados,
Que conosco não mais estão.

Essa saudade é tão grande...
Que me leva a meditar,
Família é muito importante.
E coisa melhor não há.


 Charlene Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 


 

A GRANDE MENTIRA DA "METADE DA LARANJA"




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Quando falamos de amor, todos têm a palavra; às vezes, usamos frases estereotipadas que tentam resumir o significado de uma relação de esposos ou namorados e as repetimos como se tivessem saído de uma mente prodigiosa iluminada por Deus, exaltando-as como ideias dignas de ser gravadas em mármore, para que nossos descendentes nunca percam esta herança. Mas o que nem sempre percebemos é o sentido ocultamente perverso da chamada "sabedoria popular".

Você já parou para pensar que, quando falamos de um casal, costumamos usar a imagem da "metade da laranja"? Esta é a figura mais prejudicial que existe do que significa uma relação verdadeira.
Em primeiro lugar, porque acabamos acreditando que somos seres incompletos e que somente outra pessoa vai nos completar, mas isso não é verdade, pois cada ser humano foi criado por Deus como uma unidade interior inquebrantável e completa em si mesma; por outro lado, as laranjas só servem para ser espremidas e o bagaço que sobra é jogado rapidamente no lixo.
Em segundo lugar, esta imagem quer expressar algo que não é verdade: o fato de fazer você acreditar que encontrou alguém "idêntico" a você, como se o tivessem cortado ao meio e o pusessem a procurar pelo universo aquela pessoa que – só ela – pode lhe fazer feliz, porque é a única que é sua exata metade.
Você percebe o perigo desta imagem? Ver-se desta maneira é sinônimo de exploração humana, de espremer-se mutuamente até não conseguir tirar mais nada da outra pessoa, chegando à conclusão de que o amor acabou.
Enxergar-se dessa maneira é condenar-se a ser infeliz para sempre, ao convencer-nos de que existe apenas uma única pessoa na Terra capaz de saciar a nossa felicidade. Que infelicidade tão grande! E se justamente esta pessoa não quiser nada com você? Seria a morte! Não poderei ser feliz nunca? Eis aí o engano da fantasiosa metáfora.
Os seres humanos foram criados por Deus de maneira única e singular: cada um é completo. Quando Deus criou o homem e a mulher, não foi para que se completassem, mas para que se complementassem, por meio da doação mútua, da oblação mediante o amor, para alcançarem juntos a plenitude do amor em Cristo.
O que existe no amor entre os esposos é uma entrega "assimétrica", já que cada um oferece o que é, natural e psicologicamente. A forma de amar masculina não é a mesma que a feminina e, se ambos não forem conscientes disso, então criarão expectativas falsas. Os dois não são capazes de amar da mesma maneira, mas cada um pode amar da maneira mais perfeita de que é capaz. Homem e mulher não amam da mesma forma, entendeu?
As naturezas feminina e masculina são idênticas em dignidade, mas diferentes em sua maneira de ser. O simples fato de não compreender as mudanças hormonais em uma mulher pode levar o homem à angústia de encontrar uma esposa que de vez em quando pode parecer desconhecida, instável. Por outro lado, há mulheres que não entendem como é possível que seu marido não tenha reparado no seu vestido novo, que não tenha lembrado do aniversário de casamento ou da visita marcada à casa da avó.
Há frases que parecem belas aos ouvidos, mas que podem causar muitos danos. E aqui está o desafio do discernimento. Não existe a "metade da laranja", porque ninguém tem a responsabilidade de preencher vazios alheios que não foram causados por si mesmos. É um peso enorme acreditar que temos a obrigação de dar felicidade à outra pessoa e que ninguém mais pode fazer isso.
Prefiro pensar em seres completos que decidem unir suas vidas mediante um ato de entrega suprema no amor, para, dessa maneira, "atar-se", perder sua liberdade individual e encontrar uma nova maneira de exercê-la, mas de forma comunitária, com um companheiro de caminho que tem o mesmo horizonte.
Prefiro acreditar em dois seres de unidade interior que se unem para fazer dos dois "um só", sem que seja uma relação simbiótica nem de dependência afetiva; dois que se tornam um porque a essência do casamento exige que seu amor seja tão irrevocável, que se torna comprometido, unificador, sem ser uniformizador.
Prefiro pensar em um amor de esposos que foi estruturado por Deus, que permitiu que dois seres, tão diferentes espiritual e psicologicamente, possam superar suas diferenças precisamente em Cristo, que é o único capaz de criar convivência e destruir individualismos.
Nada de "metade da laranja". Cuidado com quem enxerga você dessa sutil forma exploradora e desgastante, porque, ao perceber que viveram sua vida como um suco que só foi capaz de saciar a sede por algumas horas, então se cansarão um do outro e dirão, como muitos, que o amor acabou.
As frutas não costumam ter suco eternamente. Mas o amor verdadeiro é, sem dúvida, para sempre.

Extraído do site: www.aleteia.org

Juan Ávila Estrada

Sacerdote colombiano especializado em Matrimônio e Família

SOBRE POLÍTICA E JARDINAGEM

     De todas as vocações, a política é a mais nobre. Vocação, do latim vocare, quer dizer "chamado". Vocação é um chamado interior de amor: chamado de amor por um "fazer".
     No lugar desse "fazer" o vocacionado quer "fazer amor" com o mundo. Psicologia de amante: faria, mesmo que não ganhasse nada."Política" vem de polis, cidade. A cidade era, para os gregos, um espaço seguro, ordenado e manso, onde os homens podiam se dedicar à busca da felicidade.
   O político seria aquele que cuidaria desse espaço. A vocação política, assim, estaria a serviço da felicidade dos moradores da cidade.

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   Talvez por terem sido nômades no deserto, os hebreus não sonhavam com cidades: sonhavam com jardins. Quem mora no deserto sonha com oases. Deus não criou uma cidade. Ele criou um jardim. Se perguntássemos a um profeta hebreu "o que é política?", ele nos responderia, "a arte da jardinagem aplicada às coisas públicas".
   O político por vocação é um apaixonado pelo grande jardim para todos. Seu amor é tão grande que ele abre mão do pequeno jardim que ele poderia plantar para si mesmo. De que vale um pequeno jardim se à sua volta está o deserto? É preciso que o deserto inteiro se transforme em jardim.
     Amo a minha vocação, que é escrever. Literatura é uma vocação bela e fraca. O escritor tem amor mas não tem poder. Mas o político tem. Um político por vocação é um poeta forte: ele tem o poder de transformar poemas sobre jardins em jardins de verdade.
    A vocação política é transformar sonhos em realidade. É uma vocação tão feliz que Platão sugeriu que os políticos não precisam possuir nada: bastar-lhes-ia o grande jardim para todos. Seria indigno que o jardineiro tivesse um espaço privilegiado, melhor e diferente do espaço ocupado por todos.
     Conheci e conheço muitos políticos por vocação. Sua vida foi e continua a ser um motivo de esperança.Vocação é diferente de profissão. Na vocação a pessoa encontra a felicidade na própria ação. Na profissão o prazer se encontra não na ação. O prazer está no ganho que dela se deriva.
     O homem movido pela vocação é um amante. Faz amor com a amada pela alegria de fazer amor. O profissional não ama a mulher. Ele ama o dinheiro que recebe dela. É um gigolô.
Todas as vocações podem ser transformadas em profissões. O jardineiro por vocação ama o jardim de todos. O jardineiro por profissão usa o jardim de todos para construir seu jardim privado, ainda que, para que isso aconteça, ao seu redor aumente o deserto e o sofrimento.
     Assim é a política.
    São muitos os políticos profissionais.
  Posso, então, enunciar minha segunda tese: de todas as profissões, a profissão política é a mais vil. O que explica o desencanto total do povo, em relação à política.
  Guimarães Rosa, perguntado por Günter Lorenz se ele se considerava político, respondeu: "Eu jamais poderia ser político com toda essa charlatanice da realidade... Ao contrário dos 'legítimos' políticos, acredito no homem e lhe desejo um futuro. O político pensa apenas em minutos. Sou escritor e penso em eternidades. Eu penso na ressurreição do homem".
   Quem pensa em minutos não tem paciência para plantar árvores. Uma árvore leva muitos anos para crescer. É mais lucrativo cortá-las.
  Nosso futuro depende dessa luta entre políticos por vocação e políticos por profissão. O triste é que muitos que sentem o chamado da política não têm coragem de atendê-lo, por medo da vergonha de serem confundidos com gigolôs e de terem de conviver com gigolôs.
Escrevo para vocês, jovens, para seduzi-los à vocação política. Talvez haja jardineiros adormecidos dentro de vocês.
     A escuta da vocação é difícil, porque ela é perturbada pela gritaria das escolhas esperadas, normais, medicina, engenharia, computação, direito, ciência. Todas elas, legítimas, se forem vocação. Mas todas elas afunilantes: vão colocá-los num pequeno canto do jardim, muito distante do lugar onde o destino do jardim é decidido.
    Não seria muito mais fascinante participar dos destinos do jardim?
    Acabamos de celebrar os 500 anos do descobrimento do Brasil. Os descobridores, ao chegar, não encontraram um jardim. Encontraram uma selva. Selva não é jardim. Selvas são cruéis e insensíveis, indiferentes ao sofrimento e à morte. Uma selva é uma parte da natureza ainda não tocada pela mão do homem. Aquela selva poderia ter sido transformada num jardim. Não foi.
    Os que sobre ela agiram não eram jardineiros. Eram lenhadores e madeireiros. E foi assim que a selva, que poderia ter se tornado jardim para a felicidade de todos, foi sendo transformada em desertos salpicados de luxuriantes jardins privados onde uns poucos encontram vida e prazer.
  Há descobrimentos de origens. Mais belos são os descobrimentos de destinos.
Talvez, então, se os políticos por vocação se apossarem do jardim, poderemos começar a traçar um novo destino.

Então, ao invés de desertos e jardins privados, teremos um grande jardim para todos, obra de homens que tiveram o amor e a paciência de plantar árvores à cuja sombra nunca se assentariam.
Texto de Rubem Alves!!

AMOR É INCOMPREENSÃO

O que é necessário e importante para se viver uma verdadeira e duradoura história de amor

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    Quando se ama, o pior inimigo não é, como dizem por aí, o costume. Ele pode ser traduzido em intimidade, à guisa de elogio. A rotina pode ser deliciosa, porto seguro da alma, lugar onde ancorar a salvo do medo. A mesmice do outro não é chatice, é repouso.
    A duração de um amor não esbarra nisso, é a idealização das escolhas que a abala. Somos tolos como insetos em volta da lâmpada. Ficamos trocando de parceiro, renovando a expectativa de algo maior, relançando as apostas num encontro absoluto. Balela. Amar é combater o desencontro a cada dia. Escute Clarice Lispector: “pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente”.
       O convívio não destrói o mistério, pelo contrário. Viver uma vida toda ao lado de alguém é resignar-se a não decifrá-lo. Não nos saciaremos um no outro. Ele nunca chegará a nos pertencer definitivamente. Um rio separa os amantes, travessias são possíveis, mas as margens não fundirão.
     Gulosos, consideramos que a felicidade seria fazer-se um: queremos mais do que encaixe, o objetivo é zerar a distância, virar uma só laranja. Nesse caso, melhor casar com o espelho ou seguir em busca desse par perfeito, pulando de promessa em promessa, procurando no amor o tesouro escondido da felicidade.
    O problema é que Amor e Felicidade sofrem da mesma sina. São inflacionados, acima de tudo incompreendidos e costumam não ser reconhecidos quando estão presentes em nossas vidas. Por natureza, eles são discretos, deixam-se estar, dispostos a um bom papo, uma tacinha de vinho. Mas em geral são ignorados. Depois de um tempo, partem incógnitos. Os que não souberam reconhecê-los sequer têm motivo para lamentar por isso, a ignorância os protege.
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    Já a Paixão e a Euforia nunca passam despercebidas, causam furor quando chegam. São barulhentas, jogam confetes em si mesmas e somem sem que se saiba quando foi que a Ressaca tomou seu lugar.
     Os amantes ingênuos são mais afeitos ao estilo destas últimas. Como num parque de diversões eterno, ficam em longas filas, na chatice da espera, para viver instantes de vertigem. Prefiro gastar meu prazo tomando um vinho com a Intimidade. Essa, é mais próxima da Felicidade. Acho que nunca terminarei de comemorar a permanência do amor como um presente que recebo a cada dia. Um pacote de presente que nunca abro. O mistério de seu conteúdo faz parte da felicidade de tê-lo em mãos.

Por Juliana  Baron
Site: http://blogpsicologando.com/

Minhas Reflexões- Parte II

        
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    Eu não quero mais AMAR!
    Prefiro viver eternamente uma  PAIXÃO.
  A paixão nos deixa eufórico, já o amor exige de nós cautela, prudência, resguardo.
   A Paixão nos faz acreditar que essa euforia  será eterna e nos impede de ver os defeitos do outro. Ela nos deixa cegos, nos transporta, nos faz viajar, acreditar e sonhar que tudo é um mar de rosas.
 O AMOR é duro demais, sensato demais, prudente e coerente demais. 
   Amar pra quê? Pra Sofrer?
  A PAIXÃO não exige tanto sacrifício, abnegação, renúncia, apenas dedicação quando nas conveniências de cada ser APAIXONADO.
 Mas, há um risco,em simplesmente se APAIXONAR.
  "A PAIXÃO,não dura para sempre!."
 Então, nunca se case com alguém por está APAIXONADO, deixe a euforia da paixão passar e permita que o AMOR comece a ser alicerçado. Afinal, muitas vezes nos apaixonamos no momento errado e pela pessoa errada.
 Podemos diferenciar esse sentimento entre PAIXÃO e AMOR talvez por um simples detalhe, afinal a pessoa apaixonada na focaliza no seu crescimento pessoal e nem tampouco no da outra pessoa. Pelo contrário, a sensação é a de que não é necessário crescer mais. Julgamo-nos está no ápice da felicidade e o nosso único desejo é continuar lá, obviamente que nosso amado também não precisa mais crescer, pois já é perfeito. Esperamos tão somente que ele se mantenha assim.
   Quando reconhecemos que a PAIXÃO é -um pico emocional temporário - devemos nos trabalhar para desenvolver o amor verdadeiro como o nosso parceiro. Afinal o amor é um sentimento de natureza emocional, mas não obsessivo.É o amor que une a RAZÃO e a EMOÇÃO.
  Esse sentimento que envolve um ato de vontade, requer disciplina, pois reconhece a necessidade de um crescimento pessoal. Nossa necessidade básica não é apaixonar-se, mas ser genuinamente amado pelo outro. É conhecer o amor que cresce com base na RAZÃO  e na escolha e não tão somente no instinto. Preciso  ser amado por alguém que escolheu me amar, que vê em mim algo digno de ser amado. Afinal esse tipo de amor requer disciplina e esforço.
  É a escolha que fazemos de gastar nosso tempo, nossa energia em benefício da outra pessoa, sabendo que, se sua vida é enriquecida por nosso esforço, também nos sentimos satisfeitos. Para o bem da verdade, a amor verdadeiro não começa enquanto a experiência da Paixão não tiver seguido o seu curso natural, não tiver se esvaído de si mesma. 
   Cabe então decidir-nos o que queremos para nossa vida:
  AMAR, ou simplesmente viver uma passageira e intensa PAIXÃO.
   Você decide.
      
 Charlene Brasil
Baseado na Obras de Gary Chapman- As cinco linguagens do Amor

MINHAS REFLEXÕES - Parte I

     Um dia, alguém tentou me convencer que meu valor era  menos que um quilinho de sal, a princípio acreditei. Chorei, me entreguei a essa quase verdade e quase não conseguia mais me levantar do chão. Então, no meio de meu caminho encontrei uma obra do Augusto Cury " Seja Líder de Si Mesmo" algumas frases ficaram marcadas em minha vida e me ajudaram a levantar:
   
   "...Jamais peça para alguém amá-lo. Jamais peça para alguém admirá-lo. Amor,admiração, bem como respeito, são construídos sem pressão, no solo insubstituível da liberdade. São frutos de imagens construídas nas janelas mais íntimas do inconsciente..." 
       
       "A mente humana é um grande teatro. Seu lugar não é na platéia, mas no palco, brilhando na sua inteligência, alegrando-se com suas vitórias, aprendendo com as suas derrotas e treinando para ser a cada dia, autor da sua história, líder se si mesmo!"

     Enfim...
    
    Depois da leitura dessa obra e com a ajuda de um amigo, a quem dediquei o texto intitulado "A BARBA" e neste blog publicado, foram de fundamental importância para me convenceram do quanto sou LINDA, BOA ASTRAL, BOA AMIGA e inclusive de como sou importante demais para algumas pessoas.
    Com isso, encontrei motivos para me amar e acreditar em mim novamente. Confesso que não foi tão difícil, mas foi muito dolorido. Hoje, por mais belas que sejam algumas mulheres, acredito que nenhuma delas conseguem ser mais BELAS que EU. Isso se chama AUTOESTIMA, portanto, com minha beleza em alta, acredito que hoje valha muitos, muitos e muitos quilos de sal.
    
   Atualmente meu coração vem trilhando caminhos errôneos, pisando em falso, porém sei que ainda  assim, sou LINDA, BOA ASTRAL, BOA AMIGA. Amadurecida, e sabendo bem o que quero. Porém, nem tudo na vida é do jeito que a gente pensa, tem pedras, tijolos, areias, e tantos outros obstáculos. 
    Seguimos e muitas vezes recuamos. 
   Nesse comando perdido de minhas decisões e indecisões, novamente me deparo com o grande AUGUSTO CURY, e ele me faz refleti sobre a importância de acreditar, de abrir e fechar algumas janelas que controlam a nossa mente. Janelas NEUTRAS, KILLER e LIGHT. Então, descubro que minhas janelas KILLER querem prevalecer e dominar minha mente. 
  NÃO VOU DEIXAR!. Novamente olho-me e vejo-me capaz de acreditar que minhas JANELAS LIGHT, são bem mais fortes e predominantes dentro de MIM.
    O palco está pronto! Hora de atuar, de brilhar e de VIVER, tudo que mereço de bom e verdadeiro nessa vida.
    Agradeço Primeiramente a DEUS, o autor da vida, mas vou segui lendo a obra desse escritor que já conseguiu me reerguer uma vez.
Charlene Brasil

OLHOS VEDADOS



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Às vezes, quando o desejo não chega
Quando o corpo pede
E a mente de recusa a uma total entrega
Nada, como ter os olhos vendados.

Vedados os Olhos, posso me entregar
A imaginação me permite flutuar
Me desconcentro do Mundo
E me concentro no Único

Único que seja EU,
O único que sejas TU
E que se faça o NÓS.

 E nesse momento a SÓS
Se fecha o mundo pra NÓS
 E a venda então de Desfaz.
                                                                 


Charlene Brasil                         

SOU TRAMPOLIM, seu doutor?

Estive a meditar
Será mesmo o que sou?
Sou trampolim, seu doutor?
Sou prancha de inclinação
por onde passam os homens
que saltam num piscinão
e nadam, bem livremente
com malas e mensalão?

Fazendo várias tramoias
Que chegam a ser tragicômica
Com tanta trapeação
Trambicagem e trambolhão.
Seria só engraçado...
Se não fizessem de mim
Escada de ascensão
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Onde os degraus são crianças
E a prancha a EDUCAÇÃO
Que são usadas como base
Para toda trapalhação
Mas,
Eu só sou trampolim!?
Passou parafina ou peroba
Tô eu de novo novin.
Só não esqueço um detalhe:
Também já fui professor.
Porém pelo o mau uso
Que vocês fizeram de mim
Declaro:
- Eu sou inocente!
Pois de agora em diante
Me chamo só TRAMPOLIM.

Em 14/11/2005

Charlene Brasil




O RESGATE

     Uma vez escrevi algo sobre  Ausentar-me de Mim. Divaguei, andei e cegamente me deixei guiar por mãos desconhecidas, porém confiei em meu Guia. Acordei em um lugar distante e desconhecido. Meu guia havia partido e agora precisava fazer uma escolha: FICAR, VOLTAR ou SEGUIR, eu optei por ESPERAR, afinal, as mãos que me guiaram ao lugar desconhecido, poderia voltar.
    Como o lugar era realmente LINDO, acostei-me à sombra de uma  árvore a quem dei o nome de Árvore do Amor, por sua beleza, seu cheiro e seu frescor. Acabei adormecendo.
   Enfim...
   Não sei por quanto tempo permaneci inerte e sonolenta. Acontece que um dia acordei cercada por pessoas desconhecidas, que me olhavam com um certo ar de piedade, temor, medo, sei la. O lugar estava grande e desconhecido, a Árvore do Amor já não existia mais, dela, apenas restava o tronco, que ainda me acolhia.
  As pessoas passavam de um lado para outro e pareciam não me enxergar mais. Ou por ter me tornado invisível ou talvez por minha aparência de total abandono. 
  Recusei-me a olhar-me no espelho, certamente minha aparência não é das melhores. Então decidi que agora é hora de levantar e seguir em frente. Jamais permitirei novamente ser guiada por mãos desconhecidas, não vou mais permitir que me sequestrem de mim.
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   Preciso tomar posse do que é meu, minha vida, minha casa, quero de volta meus filhos, meus amigos, meus irmãos e principalmente, tomar posse de meus sentimentos.
  Embora saiba que coração tenha vontade própria, preciso que o cérebro comande. Que a razão predomine sobre a emoção. E se, caso o cérebro parar e o coração insistir em continuar batendo, autorizo a doação desse órgão. Porém desconfio que ele não servirá para ninguém, afinal já foi machucado demais, ferido demais, desprezado demais. Caso não sirva para salvar uma vida, no mínimo servirá para matar a fome de algum animal faminto. Quero tão somente que ele seja aproveitado para salvar alguém ou saciar a fome.
   Depois de refleti um pouco, decido olhar para mim mesma e vejo que ainda existe uma força que me motiva a seguir em frente. Vejo-me capaz de AMAR sem necessariamente está aprisionada ou aprisionar alguém. Não quero viver refém de ninguém.
   Tomo coragem e olho-me no espelho! Tomo consciência que minha vida é preciosa demais, rica demais, linda demais para me permitir viver chorando, sofrendo, esperando. Resolvo então, limpar a pele, enxugar as lágrimas, abrir o sorriso e descobrir a VIDA.
    Agora sim, estou pronta! Resgatei-me de mim mesma, sai do cativeiro. Agora de pele limpa e sorriso no rosto, sinto-me ainda mais BELA, MADURA e FELIZ.
   Abri a gaiola que me aprisionava, as asas estão fortes, agora já posso VOAR, VOAR e VOAR.
    Charlene Brasil em SL-MA, 02/10/2014