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EU VIVO A ANGUSTIA DE SARAI


OPALA- A PEDRA SIMBOLO PARA AS BODAS DE 24 ANOS DE CASADOS

“Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra” 

(Gênesis 12:1-3)

  
  Hoje parei para refleti sobre a  angústia e o sofrimento de Sarai.
 Deus havia prometido a Abrão que ele seria pai de uma grande Nação. Quando Deus chamou Abrão para sair de Terra de Harã, juntamente com seu sobrinho Ló e sua esposa Sarai ele já contava com a idade de 75 anos (Gen. 12:4). A bíblia não nos revela a idade de Sarai, porém ressalta que era uma mulher muito bonita, tanto que agradou aos olhos do  rei do Egito, que, por conta da mentira de Abrão ao dizer que ela era sua irmã e não sua esposa, fez cair sobre o rei e sua casa  com doenças horríveis (Gen. 12:17).  
    Por que Sarai consentiu com esse plano pecaminoso? Este não seria o caso onde a obediência a Deus era melhor que obediência ao marido? Creio que sim. A esposa não tem obrigação de obedecer ao marido quando essa obediência compromete a vontade claramente revelada de Deus. Sarai tinha uma boa justificativa para não obedecer ao marido. Mas isso não mostraria o quão profunda era sua fé e sua submissão. Sarai acreditava na promessa feita por Deus a Abrão de que ele seria pai de uma grande nação. Já que eles ainda não tinham filhos, ela era dispensável, mas Abrão tinha de viver e ter filhos, mesmo se fosse com outra mulher.
Após descobrir que havia sido enganado o rei então deu ordens aos seus guardas que levassem Abrão, Sarai e todos os que os acompanhavam para fora da cidade.
Sarai, carregava agora sobre a si, a culpa de ver um reino castigado, uma vez que nesse caso, não podemos julgar o Rei, acho até que ele agiu com generosidade para com Abrão e Sarai, na verdade ele fora mais vítima ainda da mentira de um e do silêncio da outra. Conforme a própria Bíblia relata, o rei chegou a casar-se com Sarai, porém o casamento não foi consumado( Gen 12: 17). Imagino que Sarai já fosse uma mulher de meia- idade e com certeza fosse bem mais difícil para ela que para Abrão, mas sua fé está ali, tão firme quanto a de Abrão. Ela sabia que Deus a sustentaria durante aquela árdua jornada e mostraria a seu marido o lugar que Ele havia escolhido para eles.
  Sarai, com certeza não era uma cabeça-oca, fraca, sem personalidade, excessivamente dependente. O nome  dela queria dizer “princesa”. Talvez seu nome descrevesse sua grande beleza, a qual é mencionada duas vezes no relato inspirado (Gênesis 12:11, 14). É possível também que descrevesse sua criação, sua educação refinada, seu encanto e suas maneiras graciosas. Sarai era uma mulher inteligente e capaz. Mas, quando se casou com Abrão, ela teve de tomar uma decisão. Ela estabeleceu como missão ajudar o marido a realizar os propósitos de Deus para ele. Isso não foi fraqueza.   Foi a vontade de Deus para a vida dela: a verdadeira submissão bíblica. Os dias por vir veriam sua fé severamente testada e sua submissão, duramente provada.
  Mas acho que grande tensão para a fé de Abrão e Sarai é revelado nesta afirmação: “Ora, Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos” (Gênesis 16:1). Em breve Deus mudaria o nome de Abrão para Abraão, de “pai exaltado” para “pai de uma multidão”. Mas como Abrão poderia ser pai de uma multidão quando nem tinha filho?
  Embora já tivesse dados motivo de sobras para provar que acreditava nas promessas de DEUS, Sarai agora, com cerca de noventa anos, julgando-se velha demais para gerar um filho, angustiada por ver o esposo, também já velho, triste e desesperançoso ela resolve usar a engenhosidade humana para dar um jeito na situação. Ela ofereceu a Abrão sua escrava egípcia, Agar, para que ele tivesse um filho com ela. Sua sugestão, temos de admitir, mostrou que ela acreditava que Deus manteria Sua palavra e daria um filho a Abrão.        Obviamente, ela foi motivada por seu amor a Abrão e pelo desejo de ele ter um filho. E, dividir o marido com outra mulher, deve ter sido um dos maiores sacrifícios que ela poderia fazer. Era só mais uma solução carnal. Porém, dessa relação que também poderia não ter ocasionado em nada, nasceu Ismael, só que ele ainda não era o filho da promessa, mas fez de Abrão, Pai.
  Às vezes nos angustiamos em não poder ofertar aos nossos maridos aquilo que sabemos ser importantes para deixá-los felizes, tantas são as barreiras, tantos os empecilhos que nos impedem de alcançar a plena Graça de uma União perfeita.    Como Sarai, buscamos soluções imediatistas e muitas vezes ineficazes, isso não quer dizer que seja fácil, quer dizer apenas que não gostamos de prolongar o sofrimento e a aflição de nossos entes, tão amados.
 Deus cumpriu a promessa e fez de Sarai, SARA e de Abrão, Abraão, quando ao noventa anos de idade ela deu a Luz ao filho da promessa ISAQUE. Sara morreu aos 127 anos, Abraão morreu aos 175 anos e ambos foram sepultados na caverna de Macpela, nos campos de Efron, O campo que Abraão comprara aos filhos de Hete. Ali está sepultado Abraão e Sara, sua mulher”. Gen, 25:10

Bem, sigo com meu dilema, mas sem parar de fazer minhas reflexões. Acreditando que Deus também cumpra a sua promessa e não me abandone por mais escuro que seja o vale que eu ande.

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