É muito mais difícil hoje ter sucesso na família do que no trabalho.
Mais complicado ter estabilidade amorosa, pertencer ao universo dos casais felizes e compreensivos, interessados e preocupados, que se demoram com aquele olhar de semana inteira, que se incentivam de noite, que se elevam a ponto de se imaginarem voando.
Mais complicado ter estabilidade amorosa, pertencer ao universo dos casais felizes e compreensivos, interessados e preocupados, que se demoram com aquele olhar de semana inteira, que se incentivam de noite, que se elevam a ponto de se imaginarem voando.
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Se nos dedicamos unicamente para um amor, somos fracassados. Ser dona de casa ou dono de casa é uma ofensa para independência. Esperar com ansiedade que nossa companhia chegue é uma ofensa para independência. Ter ciúme é uma ofensa para independência. Ter insegurança é uma ofensa para independência. Ter saudade é uma ofensa para independência. Ter medo é uma ofensa para a independência. Prender-se ao marido ou a esposa é uma ofensa para a independência.
O conselho que recebemos é “tenha vida própria”, jamais “vida a dois” é compreendida como vida própria.
Pequenas delicadezas como lavar louça, arrumar a cama, preparar um almoço são cada vez mais raras. Fugimos de ficar em casa – casa é sinal de tédio, monotonia, antipatia social.
Ao aparecer na segunda-feira no trabalho e alguém perguntar o que fez no final de semana e responder “Nada, fiquei em casa”, você será classificado como zumbi.
Temos que sair, viajar, frequentar lugares badalados para gerar inveja no instagram e no Facebook.
Ninguém quer ser mais caseiro. Ninguém quer ser mais do outro. Só desejamos a nossa felicidade, custe o que custar, não desejamos fazer o outro feliz.
Ninguém abdica do protagonismo para escrever uma história de amor. O amor romântico está em desuso. Shakespeare está morto. Goethe está morto.
Nem é questão de exclusividade, mas colocar a família como prioridade, o marido ou a esposa acima dos demais compromissos.
Ninguém pretende ceder ou se doar, como se fosse falta de personalidade. Cada um tem que proteger sua identidade para não ser corrompida pelos prazeres, hábitos e manias dos demais.
A gente arruma emprego fácil, já não é fácil arrumar alguém com vontade de se entregar, paciência para dar e receber e disposição para ser eterno na intimidade.
Site:http://www.baudesentimentos.com.br/
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